Mais Vale Prevenir que Remediar…
O ditado “mais vale prevenir que remediar” reflete a essência dos Cuidados de Saúde Primários e dos Centros de Saúde - a Prevenção da doença e a Promoção da saúde.
O gabinete de Saúde Comunitária da USIT- CSAH, em funcionamento desde final de 2011, constituiu-se com o intuito de desenvolver, consolidar e apoiar iniciativas com enfoque na promoção da saúde e prevenção da doença.
De facto a intervenção dos Enfermeiros no contexto de Saúde Comunitária é um território que, apesar de já muito trabalhado, representa uma imenso potencial de desenvolvimento para os profissionais e para as populações que estes servem. A essência deste contexto de prática clínica,assenta, sobretudo, no primeiro nível de prevenção - a Primária - com o fito de tornar cada cidadão uma parte vital no seu próprio processo de saúde/doença.
O Programa Regional de Prevenção e Controlo das Doenças Cérebro-Cardiovasculares serviu de base para iniciar o planeamento em saúde uma vez que os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) e a Doença Coronária (DC) ou Doença Isquémica do Coração (DIC), são as principais causas de mortalidade na Região Autónoma dos Açores, tal como se verifica no resto do país e em muitos países ocidentais. Estas doenças são também importantes causas de morbilidade, invalidez e anos potenciais de vida perdidos na população.
As doenças cérebro-cardiovasculares têm, por conseguinte, graves consequências para o cidadão, para a sociedade e para o sistema de saúde, o que determina que sejam encaradas como um dos mais importantes problemas de saúde pública.
Tendo por base o planeamento em saúde deu-se início à deteção das necessidades de saúde da comunidade dos colaboradores das divisões de resíduos sólidos, Logística e ETAR dos Serviços Municipalizados de Angra do Heroísmo (SMAH) através de questionário autoadministrado. Prevê-se a cobertura dos colaboradores das restantes divisões em 2013.
Como habitual, nestes diagnósticos, surgiu um número substancial de necessidades de saúde, tendo sido submetidas a técnicas científicas de priorização das quais emergiu um problema major: 85 colaboradores dos SMAH (86,7%) têm mais de 3 fatores de risco para doenças cérebro-cardiovasculares (DCCV).
Consideram-se fatores de risco para as DCCV, a tensão arterial elevada, dislipidémia (vulgarmente conhecido por colesterol e triglicéridos elevados), hábitos tabágicos, alimentação inadequada, excesso de peso/obesidade, perímetro abdominal de risco, sedentarismo, diabetes mellitus, stress excessivo, história pessoal ou familiar de doença cérebro-cardiovascular e idade.
Brevemente dar-se-á notícias da intervenção comunitária que este diagnóstico de saúde desencadeou…